sexta-feira, 31 de maio de 2013

MARCELO DAMY DE SOUZA SANTOS

O físico Marcelo Damy de Souza Santos construiu o acelerador de partículas betraton, além de participar dos estudos brasileiros em torno da energia atômica, que resultaram na construção do primeiro reator nuclear do país. Damy  também realizou extenso estudo sobre componentes penetrantes da radiação cósmica e fabricação de sonares para a marinha. O propósito das pesquisas sobre raios cósmicos era estudar a natureza dos chuveiros penetrantes de raios cósmicos (raios cósmicos que atingem a Terra e são acompanhados por um grupo de partículas). Nos chuveiros cósmicos aparecem partículas - depois identificadas como mésons - que tinham um grande poder de penetração, sem perder parte apreciável de sua energia. Damy, Gleb Wataghin e Paulus Aulus Pompéia descobriram que esses chuveiros são muito penetrantes, e o trabalho foi publicado no exterior. Passou por Cambridge e Oxford e participou da Comissão de Energia Atômica do Conselho Nacional de Pesquisas. Foi professor da Faculdade de Filosofia e do Instituto de Física da USP; do IEA, CNEN, IPEN e UNICAMP, além de pesquisador e cientista da marinha brasileira. Em colaboração com o professor Crodowaldo Pavan, escreveu Energia atômica e o futuro do homem. Exerceu a função de professor titular de Física Nuclear na PUC-SP e foi orientador de pesquisas no curso de pós-graduação do IPEN. Nasceu em 14 de junho de 1914, em Campinas e faleceu em 29 de novembro de 2009, em São Pauo. 
                                                                          Fonte: www.canalciencia.ibict.br

quinta-feira, 30 de maio de 2013

ÁLVARO ALBERTO

O Almirante Álvaro Alberto da Motta Silva foi pioneiro nas pesquisas brasileiras sobre energia nuclear e um dos autores do projeto de criação do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq). Físico e engenheiro formado pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, incluiu o estudo de física nuclear no currículo da Escola Naval. Álvaro Alberto foi representante do Brasil na Comissão de Energia Atômica da Organização das Nações Unidas e lutou contra as pressões americanas para alcançar o controle de propriedade das reservas mundiais de tório e urânio. Em meados de 1945, Álvaro Alberto e os representantes russos se opuseram às propostas do Plano Baruch. O almirante qualificou a política dos EUA de "tentativa de desapropriação". Foi membro da Academia Brasileira de Ciências e do CNPq, ao lado de César Lattes, Euvaldo Lodi e Marcelo Damy. Quando presidiu o CNPq, participou ativamente da criação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada do Instituto de Pesquisas da Amazônia, do Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação e da Comissão Nacional de Energia Atômica. Nasceu em 22 de abril de 1889, no Rio de Janeiro e faleceu em 1976.
                                                            Fonte: www.canalciencia.ibict.br

domingo, 26 de maio de 2013

FRANCISCO MAGALHÃES GOMES

Francisco Magalhães Gomes começou a se envolver nos estudos de física nuclear por aptidão e porque tinha visitado as instituições de pesquisa da energia atômica americanas, com exceção das unicamente voltadas para a guerra. Participou da criação e dirigiu o Instituto de Pesquisas Radioativas (IPR) da Escola de Engenharia da UFMG. Também foi peça importante no sucesso do curso de física da Faculdade de Filosofia e do Instituto de Ciências Exatas (Icex) da mesma Universidade. Na época de implantação do IPR, enfrentou resistências e hostilidades. Um jornal mineiro publicou uma notícia falsa de que o instituto estaria produzindo a bomba atômica no Brasil. Mas Francisco que, na época, foi apelidado de "Chico bomba atômica" sempre se disse inimigo das armas nucleares. Seu trabalho contribuiu significativamente para a formação de gerações de físicos teóricos e experimentais. Destacou-se, ainda, na carreira de professor, pelos estudos na área de história da ciência. Foi indicado pelo papa João Paulo II para participar de uma comissão de revisão do processo da igreja Católica contra Galileu. Daí surgiram seus conhecidos estudos sobre o cientista. Francisco acreditava que Galileu não era devidamente valorizado por sua contribuição à ciência. O físico nasceu em 1906 e morreu em 1990.
                                                   Fonte: www.canalciencia.ibict.br

quinta-feira, 23 de maio de 2013

MÁRIO SCHENBERG

O físico e crítico de arte Mário Schenberg trabalhou com mecânica quântica, termodinâmica e astrofísica. O destaque da carreira de Schenberg é o chamado Processo Urca, que permitiu entender o colapso de estrelas supernovas. Publicou mais de uma centena de trabalhos em física, além de escrever muitos trabalhos  em matemática. Schenberg chegou a uma das principais descobertas de sua carreira: o Processo Urca, em 1940, quando o brasileiro estava nos Estados Unidos a convite do astrofísico russo George Gamow. Estudou e trabalhou na Escola Politécnica de São Paulo. Inaugurou a cadeira de Mecânica Celeste e Superior do Departamento de Física da FFCL, atual Instituto de Física da USP. Foi membro do Institute for Advanced Studies de Princeton e do Observatório Astronômico de Yerkes. Criou o Laboratório de Estado Sólido da USP, instalou o primeiro computador da Universidade, criando o curso de computação. Nasceu em 2 de julho de 1914, em Recife e faleceu em 10 de novembro de 1990.      
                                                                 Fonte: www.canalciencia.ibict.br
                                                                             

quarta-feira, 22 de maio de 2013

JOSÉ LEITE LOPES

O físico José Leite Lopes previu, em 1958, a existência de uma partícula mediadora neutra nas interações fracas no núcleo do átomo, ajudando a estabelecer as bases da chamada unificação eletrofraca. Esse conceito permite compreender melhor as interações ocorridas entre as partículas que compõem o átomo e tem aplicação, por exemplo, na área de energia nuclear. Seu esforço também contribuiu para as pesquisas de três cientistas estrangeiros premiados com o Nobel, em 1979, por um trabalho muito similar ao do brasileiro. Sua atuação é considerada fundamental para a introdução da física teórica e para consolidação da física moderna no Brasil. Participou da criação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e foi fundador da Escola Latino-americana de Física (Elaf). Considerava a física a "mãe das ciências" e lutou para que os países subdesenvolvidos desenvolvessem mais pesquisas. Sempre se mostrou crítico à falta de incentivos à ciência no Brasil. Exerceu a função de professor na Faculdade Nacional de Filosofia. No entanto, na época da ditadura militar, foi acusado de ligação com o comunismo, por isso, foi exilado e passou a fazer carreira de sucesso na Universidade Louis Pasteur, na França. Recebeu o prêmio Estácio de Sá e é professor emérito do CBPF. O físico nasceu em Recife em 1918 e faleceu no dia 12 de junho de 2006
                                            Fonte: www.canalciencia.ibict.br

terça-feira, 21 de maio de 2013

CESAR LATTES

Cesar Lattes é o responsável pela comprovação da existência do méson pi, partícula sub-atômica que garante a coesão do átomo. Em 1935, o cientista japonês Hildeki Yukava já defendia a existência da partícula, no entanto foram as experiências realizadas por Lattes na década de 40 que comprovaram a teoria. Sua descoberta marcou o início da chamada física de partículas elementares, ou física de altas energias. Apesar dos convites para trabalhar em universidades estrangeiras, fez carreira universitária no Brasil. Foi professor da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade do Brasil (atual UFRJ), da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), do qual foi um dos fundadores. Também integrou  diversas academias e sociedades científicas brasileiras e internacionais. Em sua galeria, figuram prêmios como Einstein, o Fonseca Costa, o Bernardo Houssay, da Organização dos Estados Americanos e o Prêmio de Física da Academia de Ciências do Terceiro Mundo. Hildeki Yukava e Cecil Powell, que foi companheiro de Lattes em suas experiências, receberam o Prêmio Nobel pela descoberta do méson pi. O físico nasceu em Curitiba, em 1924 e faleceu no dia 8 de março de 2005.
                                                  Fonte: www.canalciencia.ibict.br