Na década de 1880 houve um duelo entre dois gênios do mundo científico sobre qual sistema elétrico seria adotado para alimentar o mundo. Nessa disputa, que ficou conhecida como "Guerra das Correntes", o cientista Nikola Tesla (1856-1943), que nasceu no império austro-húngaro, atual Croácia, defendia o uso da corrente alternada (AC) e elaborou o projeto da primeira usina hidrelétrica, construída nas cataratas do rio niágara, no leste da América do Norte; enquanto que o cientista norte americano Tomaz Edson (1847-1931) defendia e empregava em seus experimentos a corrente contínua (DC).
Edson não logrou êxito com seu projeto de transmissão de energia com uso de corrente contínua (DC), pois a corrente alternada (AC) prevaleceu nos sistemas de transmissão de energia, em todo o mundo, até hoje. Para ser transmitida a longa distância a corrente contínua precisava ser convertida de uma tensão mais baixa para uma mais alta e vice-versa, o que era difícil e dispendioso, já que precisava de um grande conversor giratório ou de um motor-gerador. Como essa conversão é indispensável na transmissão de energia a longa distância, a corrente contínua (DC) tornou-se inviável.
Por outro lado, o sistema de Tesla prevaleceu, pois a conversão de tensão era feita através de bobinas simples e eficazes de um transformador, tornando seu projeto menos dispendioso e, portanto, mais viável. Tesla é considerado "o mago da eletricidade". Entre suas quase 300 invenções podemos destacar o motor de indução (a mais importante) e a famosa bobina que leva o seu nome: Bobina de Tesla. Pela importância de sua contribuição para existência de muitas tecnologias de que dispomos hoje, como a dos smartphones, por exemplo, é considerado o gênio mais injustiçado no mundo da ciência, pois seu nome é bem menos popular que os de outros grandes nomes da ciência. ( J.M.)